Revista Música Brasileira

Um dos grandes intérpretes da música brasileira, que inexplicavelmente não tinha ainda um álbum solo – coisas do nosso mercado fonográfico –, Didu Nogueira está lançando um disco que é literalmente sua cara e voz, com sambas nos mais diversos e versáteis matizes. “Identidade” (Cedro Rosa) reúne time afiadíssimo de compositores, revelando ou reafirmando nomes como Gisa e João Nogueira (sua mãe e tio), Chico Alves, Leci Brandão, Celso Lima, Tiago Machado, e outros, passando por Paulo César Pinheiro, Mauro Duarte, Moyseis Marques, Fátima Guedes ou Toninho Gerais. Da primeira faixa (a única autoral, parceria de Didu com seu anjo da guarda, o superviolonista e criador Jorge Simas), “Santíssima trindade”, à última, “Eram dois ou mais”, da dupla Claudinho Azeredo e Paulo César Feital (prato de resistência do cantor, onde quer que ele se apresente), o CD é um presente de Natal aos admiradores de Didu Nogueira (figura muito querida também no mundo da produção e direção de espetáculos musicais) e a todos os amantes do samba. Recomendo muito.