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Paulinho do Cavaco espalha o samba carioca de Botafogo pro Brasil inteiro

Por Luís Pimentel - 13/07/2011

Só eu levei ao Samba de Botafogo amigos de três estados que passeavam pelo Rio: um gaúcho, um paulista e um baiano. Uns conheciam o repertório (formado, quase sempre, por sambas de compositores ligados ao bairro, ou que falam no bairro), outros não. Mas todos levantaram das mesas do Bar Belmiro (Na Rua Conde de Irajá, 503, em Botafogo, Rio de Janeiro) repetindo os versos, sacolejando no embalo que ficara na memória, prometendo levar para suas casas e seus amigos o espírito animado e charmoso que o grupo de músicos Tocando a Vida, comandado pelo instrumentista e compositor Paulinho do Cavaco, espalha nas tardes cariocas de sábado.

Compositor de obra respeitada no universo do mais popular gênero musical do Brasil, gravador por vários intérpretes, Paulinho acumula experiência no comando de rodas de samba pela cidade – a mais tradicional é a do bar e templo da música Bip Bip, em Copacabana, todo domingo, onde ele divide a batuta com músicos profissionais e amadores, como Flávio Feitosa, Chico Genu e Ary Miranda, entre outros.

O Samba de Botafogo acontece sempre no segundo e no último sábado de cada mês, entre as 17h e as 20h30m. No mês de julho ainda tem no dia 30; para agosto, estão agendados os dias 13 e 27. O grupo tem a seguinte formação: violão: Flávio Feitosa, Gomide e PC Cavaquinho; voz: Paulinho do Cavaco e Marquinhos Duarte; pandeiro: Jenner e Chico; tamborim: o intrépido e genial Mário Neto; cuíca: Zé Carlos; e tantan: Ronaldo Matos.

A cada semana, Paulinho e grupo recebem convidados especialíssimos, todos de alguma maneira ligados ao bairro de Botafogo (o seminal e fundamental Walter Alfaiate era presença constante, Niltinho Tristeza já compareceu), como o cantor Anunciato, o compositor Mical (de eternas parcerias com o seu irmão Miúdo), Eliane Duarte (filha de Mauro e irmã de Marquinhos Duarte) e o cantor e compositor Zorba Devagar.

Como diria Geraldo Pereira – que não era de Botafogo, mas de Juiz de Fora –, “ô, que samba bom!”